Malange guerra civil - Alberto Nogueira email
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betonogueira@iol.pt
http://zala.fotosblogue.com/r1382/MALANGE-Guerra-Civil/
Fotografias
comentadas, tiradas por camarada do BArt 6323,
que nos
rendeu na cidade de Malange. São fotos que relatam a
violência com que as forças em presença dos vários partidos,
se defrontaram. Vê-se a população refugiada dentro do
quartel, muita destruição e mortos.
Júlio Vilar Pereira Pinto / 20 de outubro de 2008
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jvppinto@bragatel.pt
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Ao ver uma foto no destacamento
do Alto Zaza, em que aparece o velho Manel, construtor de
fornos, vou contar um pequeno episódio.
Ao velho Manel ninguém levava a sério, nem os nativos que
trabalhavam com ele, era uma festa, o velho Manel gostava
muito de vinho (malave do Puto), um belo dia o velho Manel
foi comigo para o Cuango, pois ia fazer um serviço para o
Administrador, a certa altura da viagem na auto-estrada para
o Cuango ( tinha quatro faixas de rodagem, duas na picada e
duas fora da picada), num dos vários buracos que havia mas
que para nós já não contavam, o condutor sem querer ou de
propósito acelerou e o Hunimog deu dois saltos e o velho
Manel caiu na picada. Nessa altura um soldado grita, pare
meu Furriel pois caíu o embrulho do tabaco.
O velho Manel, ficou furioso e disse "o embrulho do tabaco!
F...se. O homem andou oito dias a falar no mesmo e falava
bem. Mas era um bom homem. O Manel da Punga também era outra
figura típica mas do Cuango
Júlio Vilar Pereira Pinto / 22 de Julho de 2008
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jvppinto@bragatel.pt
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Li no site que o
ex-furriel Virgilio Moreira foi o último a deixar o Quimbele. Eu
estive em 67/69 na zona e era assim, sede da CART 1769 Quimbele, um
destacamento na Cabaca depois Alto Zaza, onde foi mais tarde formado
um pelotão de GE em 68 (só problemas, eles tinham a UZI com
carregadores de 30 munições cada e nós a G3 com 20 munições em cada
carregador se desse pro torto eles tinham vantagem), no Cuango
estavam 2 Grupos de combate, sitio onde eu estive.
Os canhões foram lá postos no ano de 1968 e pelas fotografias que
vejo deles lá morreram.
No meu tempo não havia alcatrão nem em Sanza Pombo.
Estive também em Santa Cruz 7 meses que era um destacamento da
Quiqua, estavamos lá 30 homens com o armamento que tinhamos
distribuido a cada um. Ainda bem que não aconteceu nada.
Mas o pessoal que nos foi render, ainda nós estavamos em Luanda para
vir embora e ja eles tinham sido atacados.
Depois puseram uma companhia em Sta Cruz com um destacamento em
Macocola.
O Padre Júlio que esteve na missão do Quimbele ainda é vivo e está
em Itália; o padre Fidelis já faleceu.
Há civis do Quimbele na aldeia dos Dez em Arganil.
O Lobo da fazenda Nª Senhora da Conceição vou estar com ele agora
dia 9-8-2008 na Aldeia das Dez. O Rosado vive no Barreiro. O filho
dele de vez em quando faz uns comentários de economia na TV. Quando
eu lá estive ele andava na 4ª classe.
Virgílio Dias
Moreira / 17 de Maio de 2008
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Recordando
Depois de dar uma vista de olhos pelo site que criou e pelo seu
conteúdo, apraz-me dar-lhe os meus parabéns.
Entretanto como também pisei as mesmas terras, é com muito gosto que
envio alguns dados para melhor esclarecimento de algumas imprecisões
que poderão existir em alguns comentários.
1- Como furriel miliciano pertenci á
1ª companhia do Bcav 8324/73 tendo nós 1ªccav chegado ao
Quimbele em Fevereiro de 1974, julgo que rendemos a sua companhia,
nessa altura no Alto Zaza
2-A disposição do dispositivo quando
chegámos era a seguinte: Sede de Companhia no Alta Zaza,
destacamentos no Quango, Quimbele, cabendo ao meu pelotão ter ficado
logo de início no Quimbele e ainda outro na Camuanga sendo
reforçados por um pelotão de outra companhia.
3- Foi esse pelotão que sofreu o
ataque em 25 de Agosto de 74, tendo eu feito parte do pessoal que do
Alto Zaza foi em socorro, quando chegámos a situação era desoladora,
o destacamento estava completamente abandonado, assim como a Sanzala
que se encontrava um pouco antes do destacamento, pois o ataque foi
simultâneo.
As baixas cifraram-se em dois mortos e vários feridos, só
passado algumas horas depois da nossa chegada é que começaram a
aparecer os que tinham fugido para a mata. Como naquela altura o
dispositivo militar já estava em fase de retracção e o destacamento
não oferecia condições algumas, foi extinto e trazido o que escapou
à pilhagem para o Alto Zaza. Julgo ter sido este ataque e desta
envergadura dos últimos senão o último em Angola.
4- Passado pouco tempo a sede da
companhia, voltou para Quimbele e foi com pena que abandonámos o
Alto Zaza, levando algum material para Quimbele, mas deixando o
restante ao Deus- Dará.
5- Fomos nós que levámos de Luanda
para cima o motor para elevar a água para o depósito, que vocês
tinham implantado e acabar com suplício dos bidons.
6 - Os Canhões sem recuo ainda estavam
no Cuango pelo menos um.
7 - O monumento da vossa companhia lá ficou, intacto frente à
enfermaria
8 - O tio Manel e o seu papagaio ainda conviveu connosco, mas depois
da nossa vinda para Luanda perdemos-lhe o rasto
9 - Depois de uma pequena estadia em Quimbele (Um, dois meses o
Batalhão foi transferido para Luanda, tendo a 1ªCcav ficado no
RI.20. com a incumbência dos patrulhamentos nos bairros populares 1
e 2, Sarmento Rodrigues e ainda com a segurança ao edifício junto às
torres do aeroporto, foram dias atribulados e de insegurança e
indefinição, passámos pelo a fase do ataque do MPLA aos elementos do
Chipenda, pela fase dos recolheres obrigatórios. e ainda pertencemos
a um exército misto aquando da existência do Governo De Transição,
assistimos à chegada de milhares de portugueses em especial da
região de Malange que fugiam da insegurança reinante naquelas
paragens, com os circuitos comerciais cortados até a nossa amiga
Cuca estava já racionada e o mesmo se passava com outros produtos.
10 – Quando saímos do Quimbele, já muitos, se não todos os
comerciantes tinham partido e o mesmo se verificava noutras
localidades por onde passámos, quando fomos transferidos para
Luanda.
11- Em Quimbele, ainda presenciámos o desfile de elementos da FNLA
pelas ruas e ainda tivemos alguns problemas entre o nosso pessoal e
eles. O ar já um pouco citadino de Quimbele era naquela altura uma
localidade descaracterizada.
12- Depois de uma série de adiamentos, motivados pela dificuldade de
transporte, regressámos por fim à Metrópole que se encontrava então
em convulsão.
13- O tempo que passámos em Luanda foi para nós o mais penoso e com
maior perigosidade em termos militares, derivado ao fogo cruzado
entre os diversos movimentos e que era diário.
Os meus parabéns pela forma precisa com que nos relata, tantos e
tantos pormenores de lugares e situações.
Manuel António Pinto / 29 Jan 2008 /
manuel-pinto.alt@uol.com.br
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Gente, fiquei muito feliz ao descobrir
estas fotos. Pena que já passaram quase 34 anos (desde 74) e não
lembro mais de ninguém.
Sou Manuel António Pinto, 1.º Cabo rádio-telegrafista, da 3.ª Cia/4511.
Meu grande amigo, telegrafista Marques, com quem eu gostaria de
encontrar-me, e outros, como Machado, Lavareda, Cripto da Cia, o meu
amigo que sofria de asma (telegrafista), o Costa, o Henrique, os
furriéis, todos, o Alferes Virgílio, Oliveira, o Capitão, o
Comandante do 4511 que uma vez quase me agrediu de raiva, porque
devido aos QRMs não conseguia manter contacto com o pessoal que
estava em operação. Gente, sinto muitas saudades de vcs. todos, meus
amigos. Mandem notícias, por e-mails, carta, telefone, enfim de
qualquer jeito.
Abraços para todos, do amigo Manuel.
Júlio Vilar Pereira Pinto / 07 Jan 2008 /
jvppinto@bragatel.p
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É sempre com agrado que consulto este site, mais uma vez parabéns a
quem teve esta maravilhosa ideia, pois ao mostrar este sítios aos
filhos e netos eles ficam admirados ao verem os sítios e as
situações por nós, da geração da guerra, vividos.
No tempo em que eu lá estive, no Cuango, Quimbele, Cabaca, Stª
Cruz e Quicua, ainda não havia alcatrão em Sanza Pombo nem lá
chegava. Conheço o dono, na altura, da fazenda Nª Senhora da
Conceição, o Sr. Lobo e a esposa D. Arménia, vivem em Coimbra e têm
uma casa muito boa em Aldeia das Dez, perto do Piódão.
Em 2008, vamos fazer o encontro da nossa CART 1769, lá e no dia 9-8.
É gente boa. A minha CART foi a única a estar a comissão toda no
mesmo sítio. Quimbele e o Batalhão em Sanza Pombo, a CART 1770 em
Massau e a CART 1771 na Quicua, sendo Stª Cruz um destacamento da
Quicua.
Júlio Vilar Pereira Pinto -
09 Apr 2007
/ jvppinto@bragatel.pt
http://www.prof2000.pt/users/Secjeste/Arkidigi/Criticas2.htm
Estive no Quimbele, no destacamento do Cuango de 1967 a 1969, BART
1926, CART 1769.
Conheci ainda o destacamento da Cabaca que, pelos vistos, mudou para
Alto ZAZA. Estive ainda em Stª Cruz, que pertencia à Quicua, que
também conheci e, claro, Sanza Pombo.
Os Obuses que aparecem nas fotos do Cuango (foram retirados pelo
Bcac 4511 72/74) foram lá postos no meu tempo. Vierem de Luanda
em coluna militar. Foi com uma grande emoção quando revi os sítios
por onde andei. Estive lá 26 meses. Obrigado por esta reportagem
formidável.
António Agostinho Marques -
27 Aug 2006
/
tural@net.novis.pt
http://www.prof2000.pt/users/Secjeste/Arkidigi/Criticas2.htm
Estive no Quimbele, como Alf. Mil. de Novembro de
1969 a meados de 1971. Tínhamos um destacamento no Cuango a 2 GC e
um GC na Cabaca a depois terão chamado Alto Zaza, com um grupo de
GE's, (com o seu chefe MIRANDA. A sua mulher mais velha fazia um
muamba que era um espectáculo).
Perto havia a sanzala da Cabaca, onde vivia o Kianfo Moés,
representante em Angola de Kianfo Panza, chefe quimbundo na região
que vivia no Congo. (talvez os nomes estejam ao contrário. Para
saber tudo sobre a Cabaca, perguntar ao Alf. VIDE, de AROUCA, mais
que pai das populações locais).
Tenho também imensas fotografias, que me poderão matar ou
alimentar saudades, mas não deixei de me emocionar com as vossas,
particularmente ao ver que o nosso monumento no Cuango estava ainda
em pé.
Reconheci os civis que comemoravam convosco a conquista do torneio
de futebol de salão: O Freitas, das gasolinas e o Mário, sobrinho do
Lobo. Também o velho Manuel da Punga, construtor de fornos, faz
parte das minhas relações.
No meu tempo de Quimbele, assistimos à chegada do asfalto mas também
ao início da infiltração "terrorista" em SANTA CRUZ. Também andei na
baixa e na região da Camuanga.
Carlos Albano Peixoto Figueira Henriques
/14 Dec 2004
http://www.prof2000.pt/users/Secjeste/Arkidigi/Criticas2.htm
Olá!
Também passei pela Camuanga, mais concretamente "acampava" lá um
mês, incorporado num grupo de combate pertencente à Comp.Caçadores
106 - Nova Caipemba.
Foi este grupo de combate, que sofreu um ataque na Camuanga, em 25
de Agosto de 1974, supondo-se que terá sido o ultimo ataque
efectuado em Angola, a instalações militares das NT.
Tenho algumas fotografias da Camuanga. Quando puder digitalizo-as e
mando-tas.
Um abraço.
Inicio da guerra
em Sanza Pombo
http://micaias.blogs.sapo.pt/10802.html
Em
Abril de 1961: Embarque de tropas
Embarcou em Lisboa o 1º
contingente de tropas para Angola no navio NIASSA, cujos
militares desfilaram na avenida marginal de Luanda onde
foram recebidos com manifestações de intensa alegria e
confiança. Chegados a Luanda, seguiram para o interior
Norte, o Batalhão de caçadores 88 foi reocupar a povoação de
Damba e o batalhão de caçadores 92 instalou-se em Sanza
Pombo,
comandado pelo então
TCor Infª Duarte de Azevedo Pinto Coelho, no recém-criado
Sector Operacional 2, com sede no Negaje,
parte das companhias de
caçadores continuaram a progredir na direcção da fronteira
com o Congo ex-Belga, ocupando Santa Cruz e Maquela do
Zombo.
A 2 de
Maio desse ano dá-se o 1º ataque a Sanza e a
24 a
Quimbele durante treze horas consecutivas,
Durante a
sua permanência morreram em combate alguns camaradas que
foram lembrados em placa alusiva que ainda se encontra neste
momento no mesmo lugar.
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