Vivências no Batalhão de Caçadores 4511 - Angola 1972/74

 

 

Relatos da minha presença em Angola...

 

Corte de uma árvore para o comandante em Santa Cruz

Construção de abrigo para estacionamento das viaturas

A minha primeira operação na mata

Problemas de Saúde na Companhia

Cabaca – Aquartelamento dos GES

Desmontar mina anticarro

Missão na picada

Caça

 

 

Principal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Corte de uma árvore para o comandante em Santa Cruz

 

Fui chamado ao comandante, que me ordenou que constituísse um grupo de homens para ir para o destacamento de Santa Cruz, onde iria cortar uma árvore de “pau preto”.

Tentei recolher dados sobre a zona, e vim a saber através de um camarada, de passagem pela CCS, e daí originário, que  era constituída por uma mata sem fim, muito densa, com árvores, de grandes dimensões e que havia algumas empresas que exploravam a indústria da madeira.

Em termos operacionais, soube que, durante o avanço do abate das árvores, foram descobertos postos de vigia, das forças da UPA. Isso originou uma grande operação, por parte das nossas forças armadas, anterior à nossa chegada.

Reuni a minha secção de sapadores, pedi uma Berliet para o transporte, uma viatura guindaste e uma motosserra.

Com a ajuda dos madeireiros civis encontrámos a árvore pretendida. Ao tomar contacto com ela fiquei deslumbrado com a sua espessura e altura. Duas pessoas não a conseguiam abraçar.

A experiência que eu adquiri no corte de dezenas de eucaliptos, para a construção do parque auto na CCS, dava-me grande optimismo, para o sucesso do trabalho.

No dia em que iniciamos o corte, lá nos dirigimos para a mata, acompanhados por uma secção de camaradas operacionais. Estavam armados como ainda não tinha visto. Já tinham mais de um ano de presença nestas paragens e não dispensavam os lança-granadas, os morteiros e armamento ligeiro.

Limpámos a zona circundante da árvore, e, quando íamos começar o corte, olhei ao redor e não vi ninguém. Assustei-me por momentos, mas depressa pude reconhecer o profissionalismo da nossa escolta, estava bem dissimulada na mata, fazendo a nossa protecção.

Começámos o corte e em pouco tempo ficou-nos presa a mota serra. Reiniciamos com outra e aconteceu mesmo. Ficámos a olhar uns para os outros e não encontrámos solução. Anoiteceu e regressámos. Lembrei-me de me socorrer dos madeireiros. Riram-se do nosso amadorismo, mas prometeram-nos ajuda para o dia seguinte.

Assim aconteceu. Fizeram-se acompanhar de uma viatura própria para este trabalho, tipo tractor de lagartas, com uns ganchos na frente. Rápida e eficientemente derrubaram a árvore, retalharam-na em três partes principais e partiram para os seus afazeres.

Restava-nos limpar a ramagem e içar os troncos para a viatura.

Foi fácil fazer a limpeza, mas içar os troncos, foi um martírio. O guindaste não aguentava o peso dos troncos, parece que ainda ouço o som dos carretos, a ceder.

Depois de muitas tentativas e em desespero, arrastámos os trocos para um plano superior e depois rolamo-los, fazendo-os cair na viatura.

Vitoriosos, chegámos a Sanza, com a encomenda, que seguiu para a cidade de Carmona, onde foi cortada em tábuas, que depois de cintadas regressaram à CCS. Posteriormente seguiram connosco, para Malange onde foram seccionadas, por carpinteiros militares em tábuas mais pequena e enviadas para Portugal.

Guardei comigo uma Cruz dessa madeira, feita por mim, onde mais tarde apliquei um Cristo, em madeira branca, comprada na cidade de Luanda, no regresso a Portugal. Está na parede no meu quarto

 

 

 

 

Desmontar mina anticarro

 

A uma dada altura, fui chamado pelo comandante de companhia, para receber material de guerra, que estava depositado no paiol do quartel. Quando aí me dirigi, fui confrontado com uma mina anti-carro. Era para desmontar.

Soube então, que tinha sido encontrada pela engenharia, quando do arranjo de uma picada, ao removerem a terra da estrada, com uma máquina.

Examinei-a. Era em chapa, estava muito deteriorada, amolgada, com ferrugem e com o percutor, já disparado.

Entendi que a única solução era fazê-la detonar por simpatia, com um petardo de trotil. Ainda pensei em perguntar se havia alguém voluntário entre os sapadores para a desmontar, mas achei que não o deveria fazer, atendendo ao seu estado, pois iria pôr a sua integridade física em perigo.

Muni-me do material explosivo necessário e fui no jipe do capitão até à pista de aviação, que ficava distante das sanzalas e do quartel.

Reparei, que havia umas enormes valas feitas pelas chuvas intensas, que tinham caído. Entrei numa, e montei todo o material, fazendo-o explodir. O som foi audível em toda a Sanza.

No regresso, ao passar junto à messe de oficiais, a caminho do quartel, fui parado pelo comandante, que muito zangado, me repreendeu pelo facto de ter destruído a mina em vez de a desmontar. Expliquei-lhe qual o seu estado de conservação, pelo que não me podia arriscar, nem ao meu pessoal. Aos gritos mandou-me retirar. Vim a saber mais tarde que fazia parte da avaliação de desempenho do batalhão o número de minas desmontadas.

 

 

 

 

 

Cabaca – Aquartelamento dos GES

 

A dada altura, já perto do final da comissão, fui informado que devia formar um grupo  de construção civil, e seguir para o aquartelamento dos GES, tropas de angolanos, que se localizava em Cabaca, no Alto de Zaza (3ª Companhia), para os ajudar a fazer melhoramentos.

Permaneci aí cerca de dois meses. Como o previsto, com a colaboração dos GES, construímos um quarto de banho para homens e senhoras, assim como fornecemos material de construção, para melhorarem as suas casas      

Fui recebido pelo comandante, Simão, que me destinou uma casa ao lado da sua, e me informou que tinha uma senhora para viver comigo. È evidente que recusei e fiquei junto do resto do pessoal militar. Instalamo-nos numa tenda no centro da sanzala-quartel, que tinha o formato de um U.

Os dias foram passando, longe das nossas tropas e confiantes na lealdade dos GES. Enquanto permanecemos aí só comemos ração de combate e caça. E fumávamos o mesmo que os locais, à falta de tabaco normal.

Todos os dias a mais velha, do comandante, me oferecia da sua comida, constituída quase sempre por fuba, caça e milho assado. Aceitei muitas vezes, com excepção de macaco, por me sentir impressionado com os ossos do animal.

Este grupo operacional, formava de manhã para receber ordens do comandante e de seguida fazia a sua vida normal. Para alimentar a família, caçavam. Para isso utilizavam, um número de balas mensal, fornecida pelo exército e por armadilhas: laços e redes. A maioria das peças de caça era macaco e cabras de mato. As crianças faziam uns cones em palhinha e com eles caçavam ratos, que também comiam. A caça a tiro aos macacos, junto à sanzala, era horrível. Por vezes ficavam feridos, gritavam, fazendo lembrar crianças a chorar, o que me afectava psicologicamente. Tive que lhes pedir para não caçarem mais naquela zona.

Nesta etnia, kicongo, era prática comum possuir mais que uma mulher.

Para isso era necessário dar um dote aos pais, para levar a mulher escolhida. Os GEs como tinham um ordenado do exército, era-lhes possível, cumprir essa exigência, pelo que a maioria tinha mais que uma esposa, (o chefe tinha 3).

Possuíam a sua casa principal e iam acrescentando lateralmente, esteiras cobertas, conforme adquiriam nova esposa.

As esposas conviviam juntas nos seus afazeres, em frente à casa do marido. Normalmente além de cozinharem, cultivavam as lavras e abasteciam de água a sanzala. Ainda me lembro de ver regressar à aldeia dezenas de mulheres, com vasilhas de água à cabeça, trazendo debaixo dos braços ramos de mandioca e muitas delas com os filhos às costas.

Durante a minha permanência aí, saíram para algumas patrulhas. Reuniam-se para receber ordens e bebiam um líquido pastoso, que vim a saber, ser seiva de palma, “malavo”, fermentada com liamba.

Nunca fui capaz de fazer perguntas, quanto a essa atitude, pois era obvia a sua finalidade.

Numa das vezes tive curiosidade em provar. Depois deles saírem, bebi uma pequena porção. Tive uma reacção indescritível. Lembro-me de me sentir embriagado, com visões fantasmagóricas. As imagens cresciam e minguavam, sem eu poder reagir, sentado contra uma árvore.    

Findos os trabalhos, regressamos à CCS. A despedida foi sentida de parte a parte, muitos foram os abraços, eram amigos de verdade, vi lágrimas nos olhos de alguns.

Tenho pensado muitas vezes, qual teria sido o seu destino depois da independência. Espero que não tenham sofrido mal algum por terem pertencido às nossas tropas.

 

 

 

A minha primeira operação na mata

E o primeiro problema

 

Nas redondezas das sanzalas a população fazia as suas lavras, onde cultivavam entre outros géneros alimentares, a mandioca e a jinguba (amendoim)

Acontece que os animais selvagens encontravam aí uma boa fonte para retemperar as suas energias, sem dar grande trabalho.

Um dia um soba, devidamente vestido com uma farda cor ocre e chapéu colonial, visitou o comandante.

Após a sua saída, o comandante mandou-me chamar e informou-me, que no dia seguinte ia sair com a minha secção de sapadores, dar caça aos macacos que estavam a dizimar a cultura da jinguba.

A este trabalho chamávamos a “psico” ou seja tentar ajudar a população, colocando-os do nosso lado, afinal estávamos em guerra.

. Era um terreno grande, com plantas que se aparentavam com os nossos feijoeiros, pegado a uma mata fechada, com árvores bastantes altas. Ao fundo alguns macacos arrancavam as plantas, fugindo imediatamente para a mata.

Fomos munidos para esse caça, de algumas espingardas Mauser, pois eram mais certeiras para este tipo de trabalho, que era quase tiro ao alvo.

Entramos na mata, despreocupados, tentando fazer pontaria a esses animais, que se escondiam atrás das folhas, no cimo das árvores. Por vezes espreitavam, só nessa altura era possível fazer fogo. Foram muitos os tiros, mas nunca acertamos.

           À medida que fomos entrando na mata ,esta tornava-se mais escura com entradas pontuais de raios de sol Chegamos á conclusão que não tínhamos êxito e resolvemos regressar.

Começaram aqui os nossos problemas, a nossa inexperiência levou-nos a entrar na mata sem pensar na retirada, avançando sem controlo, atrás dos animais.

No meu grupo éramos 6, levávamos um radiotransmissor Racal, com uma antena enorme que teve que estar sempre recolhida para podermos avançar na floresta.

Começamos a caminhar e a uma dada altura chegamos à conclusão, que ninguém tinha uma orientação precisa para a saída.

Resolvi então ligar o rádio e entrar em contacto com o pessoal que estava fora, junto á viatura unimog. Como eles também não conseguiam entrar em contacto visual nem auditivo connosco, lembrei-me de lhes pedir para darem tiros de G3 para o meio da mata. Foi assim que nos orientamos pelo som do fogo das armas.

 

Nunca soube se deu resultado esta operação, mas fiquei pelo menos com a boa sensação de não ter morto os animais.

 

 

 

 

Caça 

    

Desde muito novo que o meu maior prazer, era passear pelos montes, procurando o contacto com a natureza e em especial com animais.

Durante a minha estadia no destacamento de Alto de Zaza, tive o prazer de passear nas suas redondezas, admirando essas matas e os seus animais.

A uma dada altura tivemos  necessidade de carne, pois não haviam reabastecimentos regulares, o que me obrigou a recorrer á caça.

O conhecimento adquirido nos meus passeios, levaram-me a conhecer os hábitos dos animais e assim encontrá-los com facilidade.

Assim, fiz várias investidas na mata, constituída por capim com cerca de 1 metro de altura, na companhia de um cão pastor alemão, para caçar cabras de mato.

Os animais deitavam-se entre o capim, quase sempre nos mesmos sítios, pelo que quando me aproxima preparava-me para disparar. Com a G3 á altura da cinta, disparava tiro instintivo, quando apareciam.

Matei várias peças de caça, algumas só as encontrei com a ajuda do cão, pois conseguiam fugir, mesmo atingidas.

De visita ao aquartelamento o 2º comandante, pediu-me para o acompanhar à caça pois soube que eu era “especialista” na matéria.

Partimos. Chegados à zona em que eu entendia haver caça, avisei-o para se preparar. Uns metros à frente levantaram-se duas peças de caça. O comandante apontou e não disparava. Gritava-lhe, força, força e nada. Até que fugiram. Afinal levava uma carabina, com a patilha de segurança fechada e, com o entusiasmo, não conseguiu raciocinar, mantendo-a sempre travada.

Deste tempo aprendi, que os abutres comiam no chão, enquanto outros voavam ao redor da comida.

Numa das vezes, abati uma peça de caça, mas não a consegui encontrar.

Passado um dia reparei num abutre voando em circulo junto á zona onde fiz caça. Fui então nessa direcção para averiguar se teria sido o animal que não recolhi. A  dada altura  levantou-se do chão um abutre, o que permitiu a sua localização com facilidade.

Encontrei então uma cabra de mato, com a carne já retalhada, e com milhares de larvas enormes, saindo do seu corpo.

Recolhi os seus chifres, que ainda guardo como recordação. 

 

 

 

 

Construção de abrigo para estacionamento das viaturas

 

Fui incumbido pelo comandante de construir um parque auto dentro do quartel. As viaturas estavam estacionadas numa secção da CCS, que ficava noutra zona da Vila de Sanza. Segundo o projecto, seria feita uma estrutura com troncos de árvore, coberta com chapas de zinco.

Para o efeito, foi escolhido o abate de vários eucaliptos, na mata junto ao quartel, pois tinham uma espessura e comprimento adequados.

Acontece, que eu tinha já nessa altura, as minhas férias marcadas e a passagem de avião para o Porto, onde pensava passar alguns dias junto  da minha família. Fui visitado, na zona de trabalhos, pelo 2º comandante, que me disse ser necessário terminar o parque rapidamente.

Informei-o que partiria dentro de dias, tendo-me ele respondido que sem terminar os trabalhos  não me poderia ausentar.

Resolvi deitar eu próprio mãos ao trabalho. Peguei na moto-serra, coisa que nunca tinha feito e derrubei as árvores, enquanto o resto do meu pessoal as descascava e cortava à medida.

Dentro do prazo concluí a construção.

Parti então para o Porto, de férias, como estava previsto.

Pela intensidade dos trabalhos e vibração da moto-serra, fiquei com tremuras nas mãos.

Até para levar a comida à boca tinha dificuldade, deixava cair metade.

Vendo-me naquele estado, a minha mãe chorava. Mesmo tentando justificar, que não era nada de especial mas cansaço muscular, ela não acreditava, ligando o meu estado, aos problemas da guerra.

Passados alguns dias fiquei normal, o que a sossegou.

 

 

 

Problemas de Saúde na Companhia

 

Antes de partir para África tínhamos obrigatoriamente de ser vacinados contra uma quantidade enorme de doenças tropicais. No entanto à chegada a Luanda, ainda no aeroporto, eramos injectados com uma seringa enorme, ficando de seguida, por algum tempo, estendidos no chão para que o liquido fluísse melhor pelo corpo. Durante a nossa permanência aí, tínhamos métodos de prevenção contra os mosquitos, portadores de doenças, usando redes mosquiteiras e tomas de doses periódicas de comprimidos para prevenir o paludismo. Usávamos também pastilhas para desinfectar a água.

No entanto, apesar destes cuidados contraí o paludismo,  julgo que nenhum militar terá escapado, padeci ainda de febre tifóide e da matacanha.

A primeira vez que estive doente com o paludismo, estive quase uma semana de cama. Os sintomas eram os idênticos à gripe, dores no corpo, tremuras e febres altas. Estes períodos de convalescença, a uma dada altura, foram reduzidos para metade, por um processo inovador para a altura. Penso que terá sido  levado pelo dr Graça Moura, da 3ª companhia. Esse método consistia em injectar os remédios para dentro do frasco do soro, que de seguida era introduzido no corpo através da veia.

Da segunda vez, senti os sintomas quando viajava de avião para Lisboa. Pedi auxílio à hospedeira, que me aconselhou a deitar-me nos bancos, que por sorte estavam muitos vazios, cobrindo-me com um cobertor, fornecendo-me um comprimido para a febre. Por curiosidade, este voo era quase exclusivamente de japoneses, que tinham ido visitar as minas de cobre exploradas por eles.

Chegado ao Porto, dirigi-me ao hospital militar, que para meu espanto não tinha remédios para me fornecer. Valeu-me a feliz coincidência de morar perto de um camarada, que tinha terminado há poucos dias as suas férias e trouxe consigo, os remédios para atacar a doença, caso fosse necessário. Foram muito úteis, para mim, tendo recuperado a tempo de ainda passar óptimos dias de férias.

Já perto do final da comissão, a uma dada altura fiquei com muita febre e dores abdominais. Foi-me diagnosticada uma febre tifóide. Podia ter origem na ingestão de água contaminada. Estive quase um mês na enfermaria, a tomar enormes comprimidos de Cloranfenicol. Emagreci imenso. Recuperei no entanto rapidamente, com a ajuda de uma boa quantidade de vitaminas diversificadas.

Outro problema que nos atingia era a matacanha, um insecto que se introduzia por baixo das unhas e aí nidificava perfurando a pele. Provocava-nos dores intensas. Esse ninho tinha que sair inteiro para erradicar o problema de vez. Os locais eram especialistas neste processo, a quem recorríamos muitas vezes.

 

 

 

Missão na picada

 

As estradas na nossa zona operacional eram muito arenosas, muitas vezes ficavam intransitáveis, pela acção das chuvas torrenciais, que por vezes caíam e impediam que as tropas fossem reabastecidas em géneros alimentícios e material militar ou progredissem no terreno.

Saí duas vezes para reparar essas picadas. Numa delas, na picada de Santa Cruz, Massau, fomos confrontados com uma mensagem, indicando-nos que havia um grupo de guerrilheiros nessa zona, pelo que devíamos acampar, montar guarda e esperar ajuda, pois estávamos reduzidos a um pelotão e na maioria não eram operacionais.

Esta informação foi transmitida pelos flechas, grupos de tropas especiais, que actuavam no interior das matas e eram dirigidos por um polícia PIDE.

Estacionámos junto a uma sanzala e montámos sentinelas. Dormíamos debaixo e dentro das viaturas. Ficámos aí alguns dias à espera de reforços. Durante esse tempo sofremos algumas dificuldades pois além da nossa preocupação quanto a um possível ataque, não tínhamos mantimentos, pois só levávamos rações de combate para 2 dias.

Valeu-nos a proximidade da aldeia, que nos fornecia alguns alimentos, em especial jinguba(amendoim), e alguns frutos rasteiros, que nos foram indicados pela população. Ainda me recordo de uns, tipo nêspera, que colhíamos junto ao nosso acampamento improvisado, no meio da mata. A água era recolhida das poças na picada, para um recipiente onde era decantada e depois distribuída pelos cantis, onde era introduzida uma pastilha desinfectante, que por sorte levávamos.

Finalmente recebemos auxilio e lá concluímos o nosso trabalho sem problemas.

 

 

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