Peixes em Bemposta - Mogadouro - Parque Natural do Douro Internacional

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Carta Piscícola Nacional           

Ribeiro, F., Beldade, R., Dix, M. & Bochechas, J. 2007 Carta Piscícola Nacional Direcção Geral dos Recursos Florestais-Fluviatilis, Lda. Publicação Electrónica (versão 01/2007).

 

Fichas sobre peixes pescados em Bemposta

 (Rio Douro, Ribeira Bemposta e rio Tormes(Esp.)

 

 

 

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1

Cyprinus carpio

Nome científico
(valido)

(outros)
Cyprinus carpio   

 
Cyprinus specularis
 
Família Cyprinidae
Autor, data Linnaeus, 1758
Nomes comums Carpa, Sarmão
Distribuição Global Originário da Euroasia. No entanto é um dos peixes mais introduzidos em todo mundo estando presente em mais de 60 paises nos cinco continentes.    (200)
Morfologia Peixe de tamanho médio a grande, com uma barbatana dorsal grande com pelo menos o dobro do comprimento da anal. A boca apresenta 2 pares de barbilhos sensoriais sendo terminal e protráctil. Podem existir formas sem escamas no corpo.    (200)
Coloração Variável geralmente verde-acastanhada, os flancos em tons dourados que escurecem em direcção ao dorso.    (200)
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 16          (94, 32, 110)
Tamanho máximo (cm) 85 CT             (94, 32, 110, 44)
Maturação sexual machos (3+ a 4+); Guadalquivir: 110 mm (2+)    (94)
Maturação sexual fêmeas (3+ a 4+) Guadalquivir: 110 mm (2+)    (94)
Época de reprodução Abril-Junho; Guadalquivir: 1ª Quinzena de Abril; Açores: Maio a Junho          (94, 622, 69)
Nº médio de ovos por fêmea Guadalquivir: 45700 (CF-300mm); 100000-200000 por Kg; Guadiana: 41000 ovos/ Kg       (94, 616)
Habitat geral A carpa vive sobretudo em águas paradas ou com pouca velocidade de corrente e com fundos vasosos, preferindo rios com grandes profundidades. É uma espécie bentónica que ocorre nas zonas litorais dos rios e barragens. Na Primavera surgem em habitats pouco profundos com vegetação para realizar a postura.          (32, 591, 44)
Habitat de reprodução Zonas de escassa profundidade e densa vegetação à qual os ovos aderem. Temperaturas de postura: 18 a 23ºC. Resistente à escassez de oxigénio e poluição; Temperatura e oxigénio dissolvido explicam o inicio da migração    (69)
Alimentação É uma espécie com uma alimentação generalista (omnívora). Ingere nemátodes, cladóceros, larvas de dipteros e copépodes, crustáceos e alevins de outros peixes. Também come plantas (gramíneas), larvas de tricópteros (hidropsíquideos) e efemerópteros (caenídeos). Em barragem alimenta-se de crustáceos planctónicos e detritos.                   (32, 110, 166, 623, 313, 229)
Curiosidades Introduzida em Portugal pelas ordens monegásticas que devido à proibição de comer carne nos dias santos, levou ao cultivo desta espécie pelos monges. Existem diferentes variedades, a carpa espelho com menos escamas e espinhas; a carpa Koi, multicolor; a carpa couro, com pele mais dura e sem escamas. Foi difundida pela Europa pelos Romanos apartir do Danubio e posteriormente pela dinastia dos Hasburgos.       (94, 139)
Interesse comercial e Usos Espécie com elevado interesse comercial. No rio Guadiana estimou-se que em 1998 pescaram-se 6.4 toneladas de carpa a preço por kilo de 2,5 euros.          (32, 605, 62)
Tamanho mínimo de captura 20
Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES NT
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Medidas mitigadoras Esta espécie destrói a vegetação submersa, aumentando a turbidez dos rios. Criação de uma base de dados nacional com a informação dos pescadores; programa de monitorização das provas de pesca; educação ambiental; código de boa conduta para pescadores.    (200)
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Referências principais
Fernández-Delgado, C.
(1990)
Life history patterns of the comon carp, Cyprinus carpio, in the estuary of the Guadalquivir River in the south-west Spain [Mais info]

 

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Tinca tinca

Nome científico
(valido)

(outros)
Tinca tinca   

 
Tinca vulgaris
 
Família Cyprinidae
Autor, data (Linnaeus, 1758)
Nomes comums Tenca
Distribuição Global Euroasiática.    (200)
Morfologia Espécie de tamanho médio com corpo alongado com peduncúlo caudal curto e alto, um par de barbilhos nos lábios. A barbatana dorsal com menos do dobro do comprimento da dorsal. A tenca tem escamas muito pequenas e a barbatana caudal é pouco fendida.    (200)
Coloração Esverdeada mas pode variar consoante o meio em que vive.    (200)
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade  
Tamanho máximo (cm) 85 CT
Época de reprodução Maio-Agosto
Habitat geral A tenca ocorre sobretudo em lagos e rios com pouca velocidade de corrente. Suporta baixos niveis de oxigénio dissolvido na água.
Habitat de reprodução Reproduz-se de vegetação aquática densa à qual se fixam os ovos
Alimentação Esta espécie é considerada omnívora, ingerindo principalmente de insectos aquáticos e zooplâncton. Outros autores consideram a tenca como detritívora.    (166)
Curiosidades Foi introduzida pelos monges de Cister (nas granjas agrícolas próximo do Rio Alcôa) no século XII. Existem diferentes formas e colorações, sendo usada como espécie ornamental em aquariofilia.       (548, 139)
Interesse comercial e Usos Aquacultura e Aquariofilia. Interesse gastronómico.    (548)
Tamanho mínimo de captura 15
Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES NT
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Factores de ameaça Espécie é predada por diversas espécies exóticas como o lúcio e o achigã; a presença do lagostim de água doce é prejudicial uma vez que esta espécie destrói as plantas fanareogamicas aquáticas que são usadas como refugio e para reprodução. Aumento da regularização dos rios por obras hidráulicas e poluição.
Medidas mitigadoras Redução da poluição através do controlo e tratamento de efluentes. Diminuir os impactos derivados das obras hidráulicas. Aumentar o controlo das espécies exóticas.    (200)
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Referências principais
Doadrio, I.
(2001)
Atlas y Libro Rojo de los Peces Continentales de España [Mais info]

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3Micropterus salmoides

 

Nome científico
Micropterus salmoides   

 
Família Centrarchidae
Autor, data (Lacépède, 1802)
Nomes comums Achigã
Distribuição Global Originária dos Estados Unidos da America do Norte. Foi introduzido em mais de 50 paises e em todos os continentes; Em Portugal está presente em praticamente todas as albufeiras do Sul, muitas do centro e algumas do Norte.    (200)
Morfologia Peixe de tamanho médio, com corpo alto, com boca de grandes dimensões protráctil com dentes nas mandíbulas. A barbatana dorsal com uma depressão dividindo-a em duas. O maxilar ultrapassa o bordo posterior do olho.    (200)
Coloração Bandas escuras mais ou menos evidentes nos flancos. Corpo verde azeitona, os jovens com manchas no corpo.    (200)
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 11             (81, 32, 87, 34)
Tamanho máximo (cm) 45 CF, 63 CT (maximo: 97cm)    (58)
Maturação sexual machos 25-30 cm (2+ a 3+)
Maturação sexual fêmeas 25-30 cm (2+ a 3+)
Época de reprodução Anterior a Maio. Março a Julho; Março a Maio    (616)
Nº médio de ovos por fêmea 10000-11000
Habitat geral Peixe sedentário que prefere águas quentes, limpídas, com vegetação abundante e escassa corrente. Nos rios coloniza tipicamente as zonas média e terminal, i.e. a maiores distâncias das nascentes. Os juvenis ocorrem em zonas menos profundas enquanto os adultos em maiores profundas.       (81, 32)
Habitat de reprodução Necessita de 15,5ºC para desencadear a reprodução. Zonas pouco profundas ricas em vegetação com fundo arenoso ou de gravilha; Os machos escavam um pequeno ninho que defendem até ao fim da eclosão.    (81)
Alimentação A achigã é uma espécie predadora que se alimenta predominantemente de peixe e lagostim-de-água-doce à medida que cresce. Consome larvas de insectos aquáticos, lagostim-de-água-doce, anfibios, peixes e ocasionalmente de micromamíferos e répteis. Os indivíduos com menos de 10cm comem efemerópteros, rotíferos, cladóceros e copépodes, enquanto que os peixes entre 10 e 20cm, ingerem ninfas de odonata, peixe. Os peixes maiores que 20 cm alimentam-se de ninfas de odonata, peixe e lagostim. No rio Guadiana alimenta-se de lagostim-de-água-doce, cladóceros, perca-sol, dipteros, efémeropteros, caboz-de-água-doce, coleópteros, aracnídeos, dermápteros, cladóceros e hemípteros. Não se alimenta no período reprodutor nem quando a água está a baixo dos 5ºC ou acima dos 37ºC.                   (81, 32, 58, 231, 74, 625)
Curiosidades Em Portugal o achigã foi inicialment introduzido nos Açores, em1898, a partir de um stock de origem americana. Em 1952, foi introduzido no continente, com a finalidade de dinamizar a pesca desportiva no sul e limitar as populações de gambusia, e posteriormente em Espanha (1955-1956). Posturas num ninho feito pelo macho onde a fêmea deposita os ovos e o macho proteje a postura, oxigenando frequentemente os ovos com movimentos ritmicos dos opérculos.          (81, 548, 139)
Interesse comercial e Usos Elevado interesse gastronómico atingindo 5 a 8 euros por kilo. Apresenta um elevado interesse na pesca desportiva.                (81, 32, 548, 605, 62)
Tamanho mínimo de captura 20
Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES sem
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Medidas mitigadoras Esta espécie levou à redução das populações autóctones de ciprinideos; Repovoamento com achigãs de cultura, uso de isco artificial, catch and release, reajustamento do tamanho minimo de captura têm sido utilizados como medidas de manutenção das populações.
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Referências principais
Godinho, F.N.
(1991)
Etologia trófica e crescimento de Micropterus salmoides (Lacépède) nas albufeiras de Pêgo do Altar, Santa Clara, Magos e Vale Cobrão. Universidade Técnica de Lisboa, Instituto Superior de Agronomia [Mais info]

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4Barbus microcephalus

Nome científico
Barbus microcephalus   

 
Família Cyprinidae
Autor, data Almaça, 1967
Nomes comums Barbo-de-cabeça-pequena
Distribuição Global Endemismo Ibérico, Guadiana e Tejo (Barragem de Torrejón)    (26)
Morfologia Espécie de tamanho médio, com cabeça pequena convexa, boca inferior com 2 pares de barbilhos curtos. O lábio inferior apresenta um espessamento ósseo, os barbilhos atingem a linha média do olho. Os olhos não são tangentes ao perfil dorsal da cabeça. O perfil posterior da barbatana dorsal é concavo, sendo a inserção da barbatana perpendicular à linha do corpo.    (26)
Coloração Região dorsal verde escura com região ventral esbranquiçada. Os juvenis apresentam manchas escuras na parte dorsal que desaparecem nos adultos.    (26)
Nativa Sim
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 8          (26, 20, 44)
Tamanho máximo (cm) 50 CT    (26)
Época de reprodução Abril-Junho; Abril a Maio       (26, 616)
Nº médio de ovos por fêmea 17000 ovos/ Kg    (616)
Habitat geral É uma espécie bentónica (que vive nos fundos), sectores com maior profundidade, com corrente lenta a moderada e substrato com maior granulometria. A sua abundância está associada a rios de ordem elevada e baixa altitude, com declive suave, i.e. grandes tributários, e rios de tamanho médio. Os indivíduos de grandes dimensões em locais mais distantes da nascente, enquanto os indivíduos pequenos surgem em locais mais a montante, troços mais estreitos e baixa profundidade, pH baixo e com poucas fontes de poluição. O barbo-de-cabeça-pequena não ocorre em zonas lênticas, em rios de pequenas dimensões nem em rios com elevadas condutividades, sem macrófitas, preferindo condições lóticas com vegetação e sem substrato fino.                      (52, 128, 115, 152, 376, 20, 44)
Habitat de reprodução Ausente das zonas a montante; Adultos não reprodutores - Caudais de reduzida velocidade e habitats com substrato e cover diversificado. Adultos reprodutores - cascalheira com velocidade de corrente elevada e sem cover; Reproduze-se em zonas de cascalheira;    (616)
Alimentação O barbo-de-cabeça-pequena alimenta-se nos fundos principalmente de material vegetal, larvas de dípteros, tricópteros, himenópteros, molusca.    (20)
Curiosidades A ingestão de areia ajuda a digestão dos alimentos.
Interesse comercial e Usos reduzido    (26)
Tamanho mínimo de captura 20
Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março
LV 2005 Quase ameaçado    (653)
LV ES K
CITES sem
IUCN VU
Berna III
Directiva Habitats V
Justificação de regulamentação Declínio na distribuição e abundância
Factores de ameaça Perda de habitat devido à construção de barragens e consequente aumento da regularização. Extracção de água e de inertes, que aumentam a turbiez colmatando as zonas de postura desta espécie. Aumento da poluição. Ausência de passagens para peixes nas barragens. Introdução de espécies exóticas.       (248, 2)
Medidas mitigadoras Extensão das reservas naturais e produção de legislação específica para a protecção das espécies. Reabilitação de habitats degradados, e protecção de zonas mais naturais de forma a não haver empreendimentos hidráulicos, re-habilitação de rios de forma a prevenir a grandes mortalidades. Produção de individuos em cativeiro, programa de transferências, reconecção de populações fragmentadas. Impedir a introdução de novas espécies exóticas; minimizar os efeitos extração de inertes; Regulamentação mais estrita da sua pesca e fiscalização mais intensa e eficaz.             (248, 2, 323, 79)
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Referências principais
Almaça, C.
(2003)
Barbus microcephalus Almaça, 1967 In P.M. Banarescu & G. Bogutskaya (eds.). The Freshwater Fishes of Europe, Wiebelsshein [Mais info]

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5

Chondrostoma almacai

Nome científico
Chondrostoma almacai      

 
Família Cyprinidae
Autor, data Coelho, Mesquita & Collares-Pereira, 2005
Nomes comums Boga
Distribuição Global Rio Mira, Arade e Bensafrim.    (362)
Morfologia Espécie de pequenas dimensões, com corpo alongado moderadamente achatado apresentando um perfil ligeiramente convexo na região anterior. A boca é inferior e arqueada, sem barbilhos. A cabeça mais pequena, com olho maior relativamente à boga-portuguesa. Apresenta linha lateral completa, geralmente com 49 escamas e 11 fiadas transversais de escamas acima da linha lateral. Os bordos das barbatanas anal e dorsal ligeiramente convexos com 7 raios ramificados.    (362)
Coloração Corpo castanho claro com tons acinzentados na parte dorsal.    (362)
Nativa Sim
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 4    (15)
Tamanho máximo (cm) 14.8 CT    (15)
Maturação sexual machos 75mm (2anos)    (15)
Maturação sexual fêmeas 85mm (2anos)    (15)
Época de reprodução Janeiro-Abril       (15, 567)
Nº médio de ovos por fêmea 3999 (CT-100mm)       (15, 567)
Habitat geral Esta espécie encontra-se associada a zonas mais profundas e com maiores temperaturas de água, sendo mais frequente em zonas de corrente. Os adultos ocorrem principalmente em pêgos enquanto os juvenis em zonas de corrente. Existe uma relação entre o excesso de chuva com a abundância desta espécie;          (141, 142, 329)
Tamanho mínimo de captura 10
Período de pesca 1 de Junho a 14 de Março
LV 2005 Criticamente em perigo
LV ES sem
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Directiva Habitats sem
Factores de ameaça Extracção de água durante o período estival. Extração de inertes que provoca a destruição das zonas de postura. Aumento da poluição e introdução de espécies exóticas. Inexistências de passagens para peixes nas barragens.       (362, 248)
Medidas mitigadoras Protecção do habitat e criação de zonas de abrigo, prevenção da extracção da água durante os periodos de seca. Impedimento de construção de barragens e de dispersão de espécies exóticas.       (362, 248)
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Referências principais
Coelho, M.M., Mesquita, N. & M.J. Collares-Pereira
(2005)
Chondrostoma almacai, a new cyprinid species from the southwest of Portugal, Iberian Peninsula [Mais info]
Magalhães, M.F., Schlosser, I.J. & M.J. Collares-Pereira
(2003)
The role of life-history in the relationship between population dynamics and environmental variability in two Mediterranean stream fishes [Mais info]

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6

Lepomis gibbosus

Nome científico
Lepomis gibbosus   

 
Família Centrarchidae
Autor, data (Linnaeus, 1758)
Nomes comums Perca-Sol, Peixe-sol
Distribuição Global Noroeste da América do Norte, no entanto foi introduzida na Europa, África e América.
Morfologia Peixe de pequeno tamanho que não ultrapassa os 25 cm, corpo alto com cor muito vistosa. A barbatana dorsal tem uma ligeira depressão, sem constituída por uma primeira parte de raios ossificados e uma segunda com raios ramificados. O maxilar não alcança o bordo posterior do olho.
Coloração Bandas azuladas que irradiam da cabeça até aos flancos. Mancha negra e vermelha na parte posterior do opérculo. Ventre amarelado.
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 9                (32, 34, 72, 206, 71)
Tamanho máximo (cm) 15 CT                (32, 72, 206, 44, 71)
Maturação sexual machos Guadalquivir: 41mm CF (1+); Guadiana: 65mm       (347, 72)
Maturação sexual fêmeas Guadalquivir: 62mm CF (1+); Guadiana: 75mm       (347, 72)
Época de reprodução Abril a Julho/Agosto; Guadiana: Maio até Agosto; Março a Agosto          (347, 616, 72)
Nº médio de ovos por fêmea Guadalquivir: 3130 (100mm CF)    (72)
Habitat geral A perca-sol ocorre nas zonas lênticas nomeadamente lagoas e troços de rios com escassa profundidade de corrente lenta e densa vegetação. Esta espécie suporta a falta de oxigénio e altas temperaturas.                      (32, 110, 52, 347, 21, 44, 71)
Habitat de reprodução Ninhos em fundos de areia e gravilha; Os machos vigiam a postura e os alevins. Constroem um ninho que consite numa depressão escavada no fundo pelo macho; Nos rios os machos nidificam junto a vegetação de macrófitas aquáticas submersas, enquanto nas barragens são em zonas descobertas menos profundas com declive suave, com areia e cascalho fino e médio.    (347)
Alimentação A perca-sol alimenta-se de insectos (espécie insectívora). Consome preferencialmente larvas de quironomídeos, hemípteros, tricópteros, efemerópteros, odonatos, corixídeos, copépodes, ostrácodes, ovos de peixe e material vegetal. Os indivíduos de maiores dimensões alimentam-se de Atyaephyra desmaresti e caracóis, enquanto os indivíduos de menores tamanhos consomem microcrustáceos, especialmente cladóceros.                   (347, 21, 390, 206, 625, 71)
Curiosidades Espécie introduzida na Europa nos últimos 25 anos do século XIX para aquariofilia. Em alguns países é considerada uma praga provocando reduções nas populações das espécies nativas. Foi detectada em pela primeira vez em Portugal em 1970 no Guadiana, Tejo e Sado. Os jovens do ano das primeiras posturas já se encontram maturos em Agosto/Outubro. Os machos nidificam em colónias. A forma do corpo destes peixes varia de acordo com o habitat e a dieta que utilizam: os que usam a zona mais próxima das margens têm um corpo mais alto do que os que vivem mais longe das margens.          (139, 687, 347)
Tamanho mínimo de captura 0
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES NT
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Medidas mitigadoras Esta espécie constitui um dos mais sérios problemas para a conservação dos peixes nativos. Controle dos efectivos em albufeiras.    (200)
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Referências principais
Doadrio, I.
(2001)
Atlas y Libro Rojo de los Peces Continentales de España [Mais info]

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7Esox lucius

 
Nome científico
Esox lucius   

 
Família Esocidae
Autor, data Linnaeus, 1758
Nomes comums Lúcio
Distribuição Global Originalmente tem uma distribuição circum-polar. Ocupando o Norte da América, Eurásia desde a França até à Sibéria pelo Este e pelo Sul até ao Norte de Itália.    (200)
Morfologia O lúcio pode atingir grandes dimensões, apresenta um corpo alongado, com focinho comprido e achatado. A boca é grande. A barbatana dorsal é oposta à anal e muito posterior.       (200, 64)
Coloração Cor verde ou esverdeada com manchas amarelas.    (200)
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 8          (32, 78, 53)
Tamanho máximo (cm) 107 CT          (32, 528, 53)
Maturação sexual machos 1+ individuos com menos de 15 cm podem ficar maturos       (389, 572)
Maturação sexual fêmeas 1+ individuos com menos de 15 cm podem ficar maturos       (389, 572)
Época de reprodução Douro (Espanha):Janeiro a Abril; Fevereiro a Abril       (493, 78)
Nº médio de ovos por fêmea 36500 ovos por kg de fêmea    (493)
Habitat geral O lúcio vive em zonas remansas com correntes baixas e vegetação abundante. Ocorre nas zonas litorais das barragens e em zonas muito profundas dos rios.       (32, 591)
Habitat de reprodução Reprodução ocorrem em zonas pouco profundas com abundante vegetação em que a fêmea é seguida pelos machos;
Alimentação O lúcio é uma espécie carnivora predadora que muda progressivamente de invertebrados para vertebrados de acordo com o seu tamanho. Os indivíduos menores que 20cm ingerem principalmente efemerópteros, gambusias, larvas de dipteros, odonatas, isópodes, anfipodes, cladóceros, coleópteros, plecópteros e verdemãs. Os peixes maiores que 20cm comem sobretudo peixes, nomeadamente gambusias, bogas, achigã, escalos, barbos e carpas, ocasionalmente também se alimentam de lagostim-se-água-doce e anfibios.                      (32, 548, 78, 430, 492, 146, 383)
Curiosidades Territorial e solitário. Introdução em 1951 no Rio Tejo (Espanha) passando posteriormente para Portugal (década de 60 presente no Guadiana). Infelizmente, o lúcio continua a ser ilegalmente introduzido nos rios do norte de Portugal.          (548, 78, 146)
Interesse comercial e Usos Elevado interesse na pesca, custando 5 euros por kilo no rio Guadiana.    (605)
Tamanho mínimo de captura 0
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES NT
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Directiva Habitats sem
Medidas mitigadoras É um grave problema para as espécies autóctones em barragens e nos grandes rios. Causa um impacte negativo sobre as espécies na panjorca e na boga-de-boca-recta.    (200)
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Referências principais
Doadrio, I.
(2001)
Atlas y Libro Rojo de los Peces Continentales de España [Mais info

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8

Squalius carolitertii

Nome científico
(valido)

(outros)
Squalius carolitertii   

 
Leuciscus carolitertii
 
Leuciscus cephalus cabeda
 
Leucisus cephalus
 
Squalius cavedanus
 
Família Cyprinidae
Autor, data (Doadrio, 1987)
Nomes comums Escalo-do-Norte
Distribuição Global Endemismo Ibérico, bacias do Noroeste de Espanha do rio Lerez até ao rio Mondego, incluindo (Norte de Portugal);       (522, 361)
Morfologia Espécie de tamanho médio, com corpo alongado, cabeça grande de perfil redondo e com boca subterminal. Corpo coberto com grandes escamas, os bordos das barbatanas dorsal e anal claramente convexos, com 8 raios ramificados. A maxila e pré-maxila são largas, barbatana dorsal situa-se à frente das barbatanas pélvicas. O número de escamas da linha lateral entre 39-45. O número de filas de escamas acima da linha lateral é entre 8-9, abaixo de linha lateral de 6-9. O terceiro osso sub-orbital é estreito.       (522, 361)
Coloração Escamas que cobrem o corpo são mais escuras nas margens. Cor cinzento prata.       (522, 361)
Nativa Sim
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 9
Tamanho máximo (cm) 32.8 CT
Maturação sexual machos 6,6 cm CF    (690)
Maturação sexual fêmeas 8,1 cm CF    (690)
Época de reprodução Abril-Junho
Habitat geral O escalo-do-Norte vive em meios diversos encontrando-se em zonas de montanha e troços baixos. Prefere os habitats de maiores profundidades, maiores velocidades de corrente excepto no Verão e Outono. Os juvenis escolhem zonas com mais abrigo e com pouca profundidade e baixas velocidades de corrente.       (417, 199)
Habitat de reprodução Usa fundos de gravilha para a construção de ninhos e posturas.    (522)
Alimentação O escalo-do-Norte ingere macroinvertebrados aquáticos e alevins de outros peixes. Durante a fase juvenil é uma espécie ominívora (alimentação generalista).    (522)
Curiosidades Durante a reprodução os peixes controem clareiras no fundo formando ninhos.    (241)
Tamanho mínimo de captura 10
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES VU
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Directiva Habitats sem
Factores de ameaça Construção de infraestruturas hidráulicas, sem passagens para peixes adequadas. Aumento da poluição industrial, urbana e agrícola. Introdução de exóticasDestruição das zonas de postura por extracção de inertes.       (248, 200)
Medidas mitigadoras Corrigir os impactos derivados das obras hidráulicas, nomeadamente a construção de passagens para peixes. Não dar concessões de rega quando o nivel das águas fôr muito baixo. Reduzir a poluição através do tratamento dos efluentes urbanos e agrícolas. Corrigir o impacto das extracções de inertes. Controlo das espécies exóticas. Controlar a evolução das populações desta espécie.       (248, 200)
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Referências principais
Carmona, J.A. & I. Doadrio
(2000)
Threatened fishes of the world: Leuciscus carolitertii Doadrio, 1988 (Cyprinidae) [Mais info]

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9Salmo trutta

Nome científico
(valido)

(outros)
Salmo trutta      

 
Salmo lacustris
 
Salmo trutta fario
 
Família Salmonidae
Autor, data Linnaeus, 1758
Nomes comums Truta-marisca, Truta-fário, Truta-de-rio
Distribuição Global Ampla distribuição Paleártica. Introduzido na América e Austrália.    (200)
Morfologia Espécie de tamanho médio com duas barbatanas dorsais sendo a primeira espinhosa e a segunda adiposa. As escamas relativamente pequenas. Boca maior do que a do Salmão estendendo-se para lá do bordo posterior da orbita.    (200)
Coloração Dorso em geral pardo-esverdeado, flancos esverdeados ou amarelados e ventre amarelado ou branco. A barbatana caudal nunca é completamente pintalgada de manchas negras. As manchas dos flancos podem ser avermelhadas ou negras, estando as primeiras rodeadas de um circulo colorido.    (200)
Nativa Sim
Migrador anádromo Sim
Migrador catádromo Não
Longevidade 15          (117, 145, 91)
Tamanho máximo (cm) 100 CT    (117)
Maturação sexual machos 25 CS (2+); Lima (1+)       (117, 427)
Maturação sexual fêmeas 25 CS (2+); Lima (2+)       (117, 427)
Época de reprodução Novembro a Janeiro (Espanha); Primavera a Outono. Lima: Novembro a Fevereiro, postura em Janeiro;       (117, 278)
Nº médio de ovos por fêmea 870 (270 mm)    (117)
Habitat geral A truta surge em rios com águas frias e oxigenadas, preferindo locais com elevadas velocidades de corrente, normalmente evita locais pouco profundos. Ocorre em locais com substrato com granulometria superior a 7,5 cm para abrigo e seleciona zonas com vegetação ripícola saliente e raízes. As trutas com menos de 10 cm ocupam águas menos profundas com correntes fortes (riffles). A truta vive em rios geralmente com boa qualidade da água.                (32, 210, 579, 433, 91)
Habitat de reprodução Locais com vegetação e abrigos e macroinvertebrados. Boa qualidade da água. Indice biotico superior a 8. Posturas em gravilha com águas entre os 5 e 10ºC. A reprodução inicia-se quando a tempreatura varia entre 9 e 13ºC e o caudal é superior a 1,10 m cúbicos por segundo. Os locais de desova são pequenas áreas isoladas com pequenas porções de substrato adequado que formam um mosaico com outros tipos de substrato.    (278)
Alimentação A truta apresenta uma alimentação generalista, ingerindo as presas que descem o rio (deriva). Esta espécie ingere larvas de dípteros e de plecópteros sendo um predador selectivo que aumenta a sua selectividade com o tamanho-idade. Os juvenis de truta (0+ e 1+ de idade) consomem tricópteros, efémerópteros, dípteros, coleópteros e raramente alguns invertebrados terrestres e peixes, enquanto as trutas adultas comem peixes (Barbos, Bogas, outras trutas) e anfíbios.                (388, 145, 210, 165, 118)
Curiosidades Niveis de introgressão baixos ou não existentes entre espécies cultivadas e selvagens. A população do Parque Nacional da Peneda Gerês apresenta um património genético único a nivel nacional. Tem sido introduzida desde o inicio do século XX. Esta espécie tem sido introduzida em muitos rios de Portugal, nomeadamente nos rios Coura, Âncora, Lima, Vez, Cávado, Homem, Ave, Ferreira, Sousa, Leça, Caima e Paiva. Não existe uma competição evidente pelo uso do habitat entre as trutas nativas e as de cativeiro.          (139, 212, 433)
Interesse comercial e Usos Espécie com elevado interesse comercial, na pesca desportiva e gastronómico.       (32, 45)
Tamanho mínimo de captura 19    (177)
Período de pesca 1 de Março a 31 de Julho
LV 2005 Criticamente em perigo
LV ES V
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Directiva Habitats sem
Justificação de regulamentação Pouco abundante e em regressão    (79)
Factores de ameaça Existe sobrepesca da truta havendo um desrespeito pela época de defeso. Os repovoamentos realizados provocam introgressão genética nas populações selvagens. A introdução do lúcio e a extração de inertes têm causado impacte na truta. Poluição e alteração dos caudais também são causas apontadas como ameaças à sobrevivência da espécie.       (439, 79)
Medidas mitigadoras De forma a permitir a viabilidade populacional da truta, terá que se assegurar a protecção de áreas de postura e manutenção da sua qualidade. Deve-se também nao realizar repovoamentos indiscriminados, usando apenas individuos autóctones. De forma a reduzir o efeito da poluição terá que se efectuar o tratamento de alfuentes. As obras hidráulicas terão de ser minimizadas através de construção de passagem para peixes adequadas, e da gestão dos caudais nas bacias regularizadas. A pesca terá ser re-ordenada através da criação de zonas de pesca profissional. A legislação terá de ser alterada de forma a que o período de defeso seja de acordo com a época de postura. Terá de haver uma maior fiscalização sobre a pesca, havendo campanhas de esclarecimento dos pescadores. Pagamento de indemnizações para pescadores que compense as quebras de rendimentos resultantes da adaptação das artes de pesca a uma lei conservacionista. Manter desobstruído o troço internacional do rio Minho até à barragem de Frieiras. Criar dispositivos de passagem para peixes nos açudes do rio Cávado; No Lima, deve-se remover os obstáculos /açudes ou torná-los transponiveis para os peixes.                      (375, 211, 378, 212, 377, 427, 79)
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Referências principais
Lobón-Cerviá, J., Montañes, C. & A. Sostoa
(1986)
Reproductive ecology and growth of a population of brow trout (Salmo trutta L.) in na aquifer-fed stream of old Castile (Spain) [Mais info]
Valente, A.C.N.
(1993)
Biologia e dinâmica das populações de truta-de-rio, Salmo trutta L., da bacia hidiográfica do rio Lima. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto [Mais info]

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10

Chondrostoma arcasii

Único peixe, habitante da ribeira de Bemposta, no seu trajecto superior, conhecido por xarda ou rainha.

 
 
Nome científico
(valido)

(outros)
Chondrostoma arcasii      

 
Rutilus arcasii
 
Família Cyprinidae
Autor, data (Steindachner, 1866)
Nomes comums Panjorca  (xarda ou rainha)
Distribuição Global Endémica da Peninsula Ibérica.    (346)
Morfologia Espécie de pequeno tamanho, com corpo levemente comprimido, perfil da cabeça curvo sobretudo anteriormente, com o focinho nitidamente arredondado. A boca é inferior e subterminal, sem barbilhos, a comissura bucal ultrapassa a linha vertical da abertura nasal. As escamas são de pequenas dimensões, com linha lateral muito marcada geralmente com 40 a 46 escamas. A barbatana dorsal é maior do que a barbatana anal, apresentando um perfil convexo com a sua origem na mesma vertical da inserção posterior das barbatana pélvicas ou anterior a esta linha vertical.    (346)
Coloração Escura no dorso e vermelha na base das barbatanas pares.
Nativa Sim
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 6    (25)
Tamanho máximo (cm) 19.6 CT    (456)
Maturação sexual machos 46 mm (1+)    (25)
Maturação sexual fêmeas 40 mm (1+)    (25)
Época de reprodução Abril-Junho    (25)
Nº médio de ovos por fêmea 3782 (100mm)    (25)
Habitat geral A panjorca ocorre em lagos e rios de montanha, preferindo a coluna de água próxima da zona de corrente. O juvenis surgem em zonas de pouca corrente e profundidade, mudando para zonas com mais corrente e de maior profundidade. Os juvenis ocupam em zonas pouco profundas com vasa, próximas da margem.          (360, 573, 574)
Habitat de reprodução Deposita os ovos no substrato
Alimentação Alimenta-se principalmente de detritos, invertebrados (simulídeos, tricópteros, coleópteros, odonatas) e raramente algumas plantas e orthocladinae.       (573, 444)
Curiosidades Esta espécie é parecida à Chondrostoma macrolepidotus. A área de distribuição é em parte sobreposta. Existem grupos geográficos geneticamente distintos, que se separaram à cerca de 3 milhões de anos ou mesmo mais recentemente.    (682)
Tamanho mínimo de captura 0
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Em perigo    (653)
LV ES NT
CITES sem
IUCN sem
Berna III
Directiva Habitats II
Justificação de regulamentação Populações estáveis    (79)
Factores de ameaça A destruição do leito dos rios causado pela extracção de inertes que causa também o aumento da turbidez dos rios, levando à colmatação das zonas de postura. Introdução de espécies exótica e repovoamentos de Salmo trutta têm levado ao declínio da Panjorca. O aumento da poluição sobretudo nas zonas inferiores das bacias hidrográficas tem aumentado a pressão sobre esta espécie. Inexistência de passagem para peixes adequadas.       (248, 79)
Medidas mitigadoras Minimização de impactos de obras hidráulicas sobre o habitat e consequente protecção do habitat. Redução da poluição através do tratamento de efluentes industriais e urbanos; Controlo dos repovoamentos de espécies exóticas.       (248, 79)
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Referências principais
Collares-Pereira, M.J.
(1983)
Estudo sistemático e citogenético dos pequenos ciprinideos ibéricos pertencentes aos géneros Chondrostoma Agassiz, 1835, Rutilus Rafinesque, 1820 e Anaecypris Collares-Pereira, 1983. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa [Mais info]
Doadrio, I.
(2001)
Atlas y Libro Rojo de los Peces Continentales de España [Mais info]

 

 

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11

Silurus glanis

Há noticias dele no rio Douro, mas não foi ainda, pescado, em Bemposta

Nome científico
Silurus glanis   

 
Família Siluridae
Autor, data Linnaeus, 1758
Nomes comums Peixe-gato
Distribuição Global Originario da Europa de Leste, Ásia Central e Menor.    (200)
Morfologia Peixe que pode atingir grandes dimensões com corpo alongado e cabeça grande. A boca possui 6 barbilhos, não apresenta escamas. A barbatana dorsal é muito pequena enquanto a barbatana anal é muito grande.    (200)
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade 30
Tamanho máximo (cm) 500 CT
Época de reprodução Maio-Julho
Habitat geral Esta espécie de peixe-gato vive em águas tranquilas e profundas, frequenta barragens e suporta águas ligeramente salobras    (200)
Alimentação Procura alimento durante a noite, ingerindo pequenos vertebrados aquáticos.    (200)
Interesse comercial e Usos Pesca desportiva
Tamanho mínimo de captura 0
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES sem
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
Factores de ameaça Constitui um sério perigo para as populações de peixes nativas.    (200)
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Referências principais
Doadrio, I.
(2001)
Atlas y Libro Rojo de los Peces Continentales de España [Mais info]

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12

 

Alburnus alburnus

Esta espécie é já muito habitual quer a montante,  quer a jusante, do rio em Bemposta, em cardumes. É muito frágil, morre pouco depois de pescada, mesmo mantida, dentro de água.

Nome científico
Alburnus alburnus
 
Família O alburno, é um ciprínido de pequeno tamanho, originário da Europa central.
Autor, data (Linnaeus, 1758)
Nomes comums Alburno ou Ablete
Nativa Não
Migrador anádromo Não
Migrador catádromo Não
Longevidade  
Tamanho máximo (cm) 24 CT    (650)
Curiosidades Foi detectado inicialmente na barragem do Caia. Provavelmente foi introduzido para servir de alimento para espécies piscívoras nomeadamente a Achigã.    (650)
Tamanho mínimo de captura 0
Período de pesca Todo o ano
LV 2005 Sem estatuto de conservação definido
LV ES sem
CITES sem
IUCN sem
Berna sem
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Referências principais
Pérez-Bote, J.L., Roso, R., Pula, H.J., Díaz, F. & M.T. López
(2004)
Primeras citas de la lucioperca, Sander (=Stizostedion) lucioperca (Linnaeus, 1758) y del alburno, Alburnus alburnus (Linnaeus, 1758) en las cuencas extremeñas de los ríos Tajo y Guadiana, SO de la Península Ibérica [Mais info]

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Ictiofauna dulçaquícola exótica em Portugal Continental

Paulo Pinheiro – Instituto Superior de Agronomia

Em Portugal cerca de 25% do número de espécies piscícolas fluviais são de origem alienígena. Alguns destes taxa evidenciam uma notável aclimatação aos cursos de água nacionais, podendo representar uma séria ameaça para diversos endemismos ibéricos.

Lucioperca (Sander luciperca, Linnaeus 1758)


A lucioperca é uma espécie de origem europeia que foi introduzida ilegalmente em Espanha – no decurso da década de setenta do século XX – para fomento da pesca desportiva, pelo seu elevado valor para esta actividade. Presentemente encontra-se em franca expansão no nosso país, atingindo a quase totalidade do rio Douro – é capturada pelo menos até à albufeira de Crestuma-Lever –, enquanto no rio Tejo pode ser encontrada até à região da barragem de Belver; para além destas duas linhas de água, a lucioperca ocorre igualmente nas secções terminais de alguns afluentes com maior dimensão (e.g., Ponsul e Sever). Existem também registos de capturas nas barragens Cimeira (Lamas de Olo) e Torrão – bacia hidrográfica do Douro –, do Alto Rabagão – bacia hidrográfica do Cávado – e do Ermal – bacia hidrográfica do Ave; recentemente foi também referenciada na bacia hidrográfica do Guadiana, mais concretamente na barragem de Lucefécit. A lucioperca surge maioritariamente em troços lóticos com corrente fraca e alguma profundidade, podendo também ocorrer em alguns sistemas lênticos. Em adulto possui um regime alimentar exclusivamente piscívoro.

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O futuro do mexilhão-de-rio Margaritifera margaritifera (L.) em Portugal
JOAQUIM REIS
Instituto de Conservação da Natureza / PORTUGALA - n.o 3 - Maio 2004

Em Bemposta encontra-se a jusante da barragem. É mais abundante junto à foz do rio Tormes.



O mexilhão-de-rio (Margaritifera margaritifera) é um bivalve de água doce que pertence à ordem Unionoida. Esta ordem caracteriza-se pela existência de uma fase larvar parasita, sendo o hospedeiro em geral um peixe. A larva, denominada gloquídio, fixa-se preferencialmente às brânquias do hospedeiro onde sofre a metamorfose para a fase juvenil, que então se liberta caindo no sedimento onde viverá o resto da vida. No caso de M. margaritifera o gloquídio é parasita obrigatório de peixes da família Salmonidae, especialmente o salmão (Salmo salar) e a truta (Salmo trutta). Este mexilhão-de-rio possui uma longevidade considerável, que ultrapassa frequentemente os cem anos nas latitudes mais elevadas. Vive em águas correntes frias, oligotróficas e ricas em oxigénio, sendo muito pouco tolerante à poluição e a modificações das características físicas do seu habitat.
Tendo sido provavelmente o animal mais abundante dos rios do hemisfério norte, M. margaritifera encontra-se em regressão acentuada em toda a sua área de distribuição.
Estima-se que cerca de 95% das suas populações tenham já desaparecido. As maiores populações mundiais encontram-se em locais muito pouco humanizados, na Escócia e na Rússia. Muitas populações estão ameaçadas pelo desaparecimento do salmão e da truta, que impede o completar do ciclo de vida. Para além do desaparecimento dos hospedeiros, as principais causas da regressão são a poluição, construção de barragens e modificação do habitat. Actualmente a espécie está protegida a nível Europeu pela Directiva Habitats (Anexos II e V) e pela Convenção de Berna (Anexo III).
No inicio do século XX M. margaritifera era conhecido nos rios Douro, Ferreira, Paiva, Sousa, Tâmega e na bacia do Vouga. Em 1986 o investigador alemão Gherard Bauer não encontrou vestígios destas populações, mas apenas a partir de 2001, com o apoio do Instituto da Conservação da Natureza, se procedeu a uma avaliação nacional da distribuição da espécie. Actualmente são conhecidas cinco populações que ocorrem em seis rios: Cávado, Mente, Neiva, Paiva, Tuela e Rabaçal. Nos rios Cávado e Neiva foram até agora encontrados apenas três indivíduos em cada um deles, o que as torna populações em risco de extinção eminente. No Rio Paiva subsistem apenas algumas dezenas de indivíduos. Somente as duas populações da bacia do Tua (Tuela e Rabaçal/Mente) são de dimensões significativas e viáveis. A população do Rabaçal/Mente, com um milhão de mexilhões distribuídos ao longo de 60 km de rio constitui mesmo uma das maiores populações europeias conhecidas, e provavelmente a maior população ibérica.
As populações do Tuela e Rabaçal/Mente encontram-se localizadas no Parque Natural de Montesinho estendendo-se alguns quilómetros para sul. Nesta área os rios mantêm a sua integridade devido à fraca influência humana. No entanto, são áreas de elevado interesse para aproveitamento hidroeléctrico, sendo a construção de barragens a principal ameaça à continuidade das populações de mexilhão-de-rio. As dimensões, localização e características dos aproveitamentos determinam o seu efeito na população de M. margaritifera. Actualmente estão em fase de construção os aproveitamentos hidroeléctricos de Rebordelo e Bouçoais, no rio Rabaçal, que afectam cerca de metade da extensão de ocorrência da espécie neste rio. O efeito deste tipo de aproveitamentos no futuro da espécie é incerto, mas pode em última análise levar à sua extinção. Tanto mais que não foram previstos para estes empreendimentos quaisquer medidas de minimização, já que não existia informação relativa à presença do mexilhão no rio à data da aprovação do processo.

Em Portugal o futuro de M. margaritifera depende de medidas de recuperação do habitat e repovoamento nos rios Cávado, Neiva e Paiva e da capacidade de proteger efectivamente as populações dos rios Mente, Tuela e Rabaçal. Não o conseguindo, M. margaritifera desaparecerá definitivamente do nosso país.
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Lapas da Ribeira de Bemposta

 

Lapas de água-doce (Ancylus fluviatilis)

 

Encontrei esta espécie no final da ribeira de Lamoso, junto às quedas da "Faia" da Água Alta e em vários troços da ribeira de Bemposta a jusante.

Género de pequena lapa de água doce. Tratam-se de gastrópodes pulmonados da familia Ancylidae. Encontra-se frequentemente a entre as algas em cima de rochas ou por baixo destas.

 

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